O vereador Marcos Papa (Podemos) denunciou, na sessão da Câmara desta quinta-feira, dia 17 de novembro, mais uma chantagem de novo calote no adiantamento salarial que o Consórcio PróUrbano estaria fazendo junto aos motoristas de ônibus. Temendo nova greve da categoria, Papa questionou oficialmente a Prefeitura sobre possível medidas a serem adotadas para evitar paralisações e impedir que os motoristas deixem de receber o adiantamento, o salário e o 13°.

Em discurso na tribuna, Papa alertou para ameaças que estariam circulando via “rádio peão”, referindo-se a informações extraoficiais. “Já está ocorrendo uma chantagem com os motoristas e lembrando que chantagear motoristas é chantagear a cidade. O plenário aprovou nosso requerimento questionando se a Administração está realmente atenta para isso para preventivamente advertir o Consórcio PróUrbano”, enfatizou.

A nova chantagem ganhou força paralelamente a mais uma tentativa do Executivo de repassar R$ 70 milhões ao PróUrbano. Deu entrada na Câmara, nesta quinta, o terceiro projeto do prefeito com o objetivo de socorrer financeiramente o Consórcio.

Projeto semelhante foi rejeitado pelo plenário na sessão de 27 de outubro. Numa segunda tentativa, a matéria foi retirada da pauta por decisão judicial. Ao ser lido na sessão de ontem, o projeto respeitou o Regimento Interno contando com assinatura de 14 vereadores para tramitação – eram necessárias 12 assinaturas, o correspondente a maioria absoluta.

Os 14 vereadores passaram a ser coautores do projeto de autoria do Executivo. Não houve pedido de urgência na tramitação, na sessão desta quinta-feira, mas Papa, que já acionou a Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público e a Justiça de Ribeirão Preto, teme novo açodamento apesar da complexidade do projeto.