Falta de Ciclovias gera acidentes e mortes. Até quando?

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Hoje (03/02/2014), o Jornal Tribuna publicou foto do monumento improvisado que ciclistas erigiram em homenagem ao colega morto no mês passado na Avenida Independência. O marco nos lembra de não tratar o atropelamento como apenas mais um acidente.

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A questão das ciclovias tem sido levantada por diversos grupos em Ribeirão Preto e eu, Marcos Papa, tenho lutado ostensivamente na Câmara para que haja ampliação da nossa pífia malha cicloviária (apenas 8km sem interligações). Enquanto isso, a Prefeita se orgulha de uma solução paliativa e pouco funcional que é a ciclofaixa dominical.

Aqui na Câmara, conseguimos instituir a Comissão Especial de estudos Ribeirão Preto Sustentável e a partir dela, reunir os responsáveis do Projeto Ciclovias Entre-Rios, Lívia Roveri e André Lucirton, com membros da Transerp e da Secretaria Municipal do Planejamento e Gestão Pública, num esforço de colaboração. Também estruturei o projeto Ciclovidas e nos unimos ao Bicicletada, do coletivo Óbvios Mexidos, propondo conscientização e pressão política por meio de passeios ciclísticos e reuniões formativas com a sociedade. Darcy Véra nos ouviu? Claro que não.

Até quando os trabalhadores e as pessoas que buscam saúde e lazer cruzarão a cidade lutando por espaço contra os carros? Quando haverá respeito de verdade ao Plano Diretor complementado por um Plano de Mobilidade Urbana efetivo? Quando tudo que a Prefeita faz vai deixar de “estar em andamento” para, enfim, se tornar uma solução concreta e honesta para a cidade?

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Entendo que planejamento e o desenho urbano têm que ocorrer de forma ética e sustentável, a partir e em conjunto com a população! Para tanto, os bons profissionais técnicos de urbanismo e engenharia que já temos, seja na prefeitura ou nas universidades da cidade, precisam ter espaço para trabalhar, não apenas servir de marionetes enquanto o resultado de seus esforços são utilizados como reles ilustrações de venda ou distrações para os movimentos políticos da Prefeita. Sim, do lixo ao transporte público, passando pela falta de ciclovias, nossa “gestora” tem demonstrado que mais se importa com o bem estar de pequenos grupos que com o desenvolvimento econômico, cultural, social e turístico de nossa cidade.

Pense bem: Ribeirão Preto tem andado para trás, perdido anos de desenvolvimento e quem sofre com maior peso são as pessoas mais frágeis e o meio ambiente. Mas vamos resistir a isso juntos: não desanimemos, continuemos na luta! Ribeirão Preto merece mudar para melhor e ser uma cidade boa para todos!