Crise na Saúde: com os olhos no peixe… quem cuida do gato?

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Em um exemplo clássico de comprometimento da gestão, a prefeita permitiu que a situação da Saúde chegasse ao ponto de morrer gente nas UPAS (veja o post anterior) para, só agora, decidir tomar uma atitude clara que, no caso, foi decidir mudar o gabinete do Secretário da Saúde para a unidade. Oras, não é preciso ser administrador para crer que essa seja uma ação desesperada!

Morte na Saúde 03

Para uma prefeitura funcionar a contento, os Secretários precisam de mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação que os permitam planejar e desenvolver o andamento dos trabalhos de sua pasta de qualquer lugar. Se o Secretário assume uma postura de atendimento pontual, local, corre o sério risco de perder sua visão geral e demonstra que não existe uma cadeia confiável de comando.

Mudar o Gabinete do Secretário fisicamente para o ponto focal é como dar uma espingarda para o general e mandá-lo resolver as coisas na trincheira. Parece bonito, mas enquanto ele se vira por lá, outras situações até mais graves podem surgir e ninguém estará na sala de guerra para preveni-las ou remediá-las a tempo. (Por isso, valorizo o bom planejamento e seu desdobramento em procedimentos claros de ação e comunicação. Fui contra o remanejamento dos agentes de Saúde por seguir este raciocínio, lembra-se?)

Há tempos eu venho denunciando as condições em que se encontra a nossa Saúde pública, mas tenho a triste consciência de que sou mais uma voz em um coro de muitos. Não deveria ser assim. Não precisaria ser assim!

Entendo que a gestão de nossa prefeita é desastrosa. Em praticamente todas as áreas da Prefeitura, temos gente boa não conseguindo trabalhar e sendo desanimada no dia-a-dia, perdendo o brilho. O resultado são serviços precários e enquanto isso, a Prefeita troca os pés pelas mãos, não escuta a população e comete seus desmandos.