Presidente da CPI do Transporte, o vereador Marcos Papa (Rede) quer que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) se manifeste sobre a legalidade de a empresa Mídia Pull continuar explorando publicidade nos abrigos dos pontos de ônibus mesmo depois de a Prefeitura ter cancelado a autorização dada pelo governo anterior ao Consórcio PróUrbano. Para Papa, trata-se de uma flagrante ilegalidade.

A exploração da publicidade nos abrigos dos pontos de ônibus era terceirizada pelo PróUrbano, que, em entrevista à TV Clube, afirmou ter desfeito a parceria com a Mídia Pull, em novembro após ser notificado pela administração sobre o cancelamento da autorização.

Na entrevista, por meio de nota, o PróUrbano lavou as mãos no que diz respeito a exploração de publicidade nos últimos quatro meses e informou que a Mídia Pull recorreu da decisão anunciada pela Secretaria de Administração. “É inaceitável que cinco meses depois de a administração assumir que minha investigação estava certa ao afirmar que a autorização para exploração de publicidade era ilegal, o mesmo governo permita propaganda nos abrigos dos pontos de ônibus”, criticou o vereador Marcos Papa.

Para Marcos Papa, a prefeitura precisa agir com mais rigor. “A autorização dada ao PróUrbano era ilegal e está anulada. Para a Mídia Pull sequer houve uma autorização um dia. Em face disso esse dinheiro está indo para algum lugar e se algum particular está enriquecendo com dinheiro público o Gaeco precisa agir rapidamente”, enfatizou.

Além de oficiar o Gaeco, o presidente da CPI do Transporte também está questionando a prefeitura sobre a continuidade da exploração de publicidade nos pontos de ônibus.

Em dezembro, Papa protocolou uma representação no Gaeco pedindo investigação, inclusive criminal, de um suposto esquema de corrupção envolvendo o Consórcio PróUrbano, o ex-secretário de Administração Marco Antônio dos Santos, a Mídia Pull e outras empresas da família Diniz Simas.

A representação de Papa foi fruto de outra reportagem, no caso matéria divulgada pela EPTV, mostrando a ligação de empresas da família Diniz Simas, que gerem ou geriram contratos públicos em Ribeirão Preto, a partir do governo Dárcy Vera, com o recebimento de cheques da advogada Maria Zuely Librandi – presa pela Operação Sevandija por integrar esquema criminoso articulado por Marco Antônio (leia mais sobre a representação).

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Jornal Tribuna