O ex-vereador Marcos Papa acionou o Ministério Público para denunciar fortes indícios de crime ambiental, por meio de devastação de árvores, em corredor ecológico às margens do Córrego dos Catetos, na zona Leste de Ribeirão Preto.

No início do ano passado, uma empresa situada na Rua Daniel Kujawski solicitou autorização da Prefeitura para extração de árvores que estariam causando danos e oferecendo riscos de queda. Em 18 de março de 2024, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente autorizou a extração de “somente 49 espécies exóticas invasoras” por comprovado risco de queda. A Secretaria especificou, no relatório técnico de vistoria, que a empresa deveria informar a data das extrações “para que um técnico acompanhe o procedimento a fim de identificar as espécies que não devem ser extraídas”.

Com validade de 24 meses, o documento emitido pela SMMA enfatizou que, em vistoria técnica, “foram identificadas, na área de abrangência da supressão, espécies nativas e exóticas que não devem ser extraídas, ou seja, que não estão contempladas pela autorização de supressão. Entretanto, na última semana, moradores e trabalhadores das imediações testemunharam uma verdadeira “devastação“, de acordo com Papa.

Felizmente os vizinhos registraram essa devastação. Conferi e está em desacordo com a licença concedida pela Prefeitura. Importante essa cooperação na fiscalização da cidade. Somos um time de cuidadores, independente de mandato, como fizemos a vida inteira. Prefeitura comunicada oficialmente. Também acionei o Ministério Público para punições cabíveis“, frisou Marcos Papa em vídeo publicado nas redes sociais.

O ex-vereador, que sempre teve a pauta ambiental como uma das principais bandeiras de seus mandatos e, por isso, segue sendo acionado por munícipes, mostrou no vídeo o que classificou como “flagrante crime ambiental”. “Isso não é extração de árvores pontuais, conforme a autorização. Isso é devastação, flagrante crime ambiental. Esse fragmento de vegetação precisa de cuidados e não de destruição”, enalteceu Papa.

Relatório anexado à denúncia apresenta imagens de animais silvestres que habitam o corredor ecológico, pede providências urgentes para proteção da fauna e da flora e ainda sugere plantio de espécies nativas. Na denúncia, Papa não descarta outras irregularidades.

Documentos anexados à denúncia formalizada junto ao Ministério Público: