“A indiferença da Prefeitura com a causa animal terminará quando a Câmara se pronunciar sobre as improbidades que estão sendo cometidas. As práticas adotadas pela Coordenadoria de Bem-Estar Animal são flagrantemente ilegais”.

A declaração é do vereador Marcos Papa (Rede), presidente da CPI da Eutanásia, e foi feita durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito, na última quarta-feira (30). Na ocasião foram ouvidas veterinárias que contestaram falas de funcionários da CBEA (Coordenadoria de Bem-Estar Animal) e os laudos de eutanásias realizadas em 2017.

Sandra Regina Ribeiro da Silva, da ONG Focinhos SA, e Inaê Bárbara Febrini Papa, da ONG AVA, afirmaram que exames laboratoriais são essenciais para definir diagnósticos.

As veterinárias enfatizaram que animais em estado grave precisam de acompanhamento constante e que cinomose, apesar de ser uma doença grave, tem cura. Em depoimento à CPI, no dia 10 de maio, Gustavo Cunha Almeida Silva, veterinário da CBEA declarou que cinomose não tem cura e que é a principal causa de eutanásia na Coordenadoria.

Por fim, as veterinárias rechaçaram a lista de medicamentos da CBEA, lamentaram a ausência de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, e concluíram que a Coordenadoria está sacrificando animais por falta de recursos para tratamento adequado.

“O que nós estamos construindo aqui é um inquérito parlamentar e a resposta que vem oficialmente da Coordenadoria de Bem-Estar Animal é que os medicamentos usados no tratamento de animais são quatro. Não tem antibiótico, não tem anti-inflamatório, não tem polivitamínico, não tem vermífugo, e mais, não está instruído com nenhum tipo de nota fiscal, veio um resumo”, criticou Marcos Papa.