Por Monize Zampieri

Encontrar galhadas espalhadas pelas ruas se tornou frequente em Ribeirão Preto devido a falta de um contrato entre a Prefeitura e uma empresa especializada em trituração de resíduos verdes e destinação final ambientalmente adequada.

Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Câmara, o vereador Marcos Papa visitou o transbordo, antigo aterro sanitário, localizado na Rodovia Mário Donegá, e confirmou a inexistência do serviço atualmente.

A visita ocorreu na quarta-feira (12), um dia antes de a Prefeitura publicar no Diário Oficial um extrato de adjudicação na licitação. Estimada em mais de R$ 5 milhões, a licitação pode ser fechada em R$ 1,8 milhão – valor proposto pela empresa Serverde Comércio de Plantas e Serviços Ambientais Ltda-EPP, de São Roque-SP, conforme o extrato.

Apesar de publicação dos extratos de adjudicação e de homologação terem sido publicados no dia 13 de fevereiro, o contrato ainda não foi assinado, de acordo com a Coordenadoria de Limpeza Urbana, e o serviço segue suspenso. Sem contrato desde o dia 1° de janeiro, o antigo aterro suspendeu o recebimento de massa verde.

O pica galhos, que poderia estar transformando essa massa verde em insumo para fertilizar as nossas praças, está parado. Temos uma situação de saturação nesse ambiente porque condomínios e jardineiros, que rotineiramente fazem a poda e a coleta e levam até o transbordo, não estão conseguindo deixar essa massa lá porque não cabe. A Prefeitura não sabe onde jogam então? Sabe, na beira de córregos, nas avenidas, na periferia”, ressaltou.

Ainda em discurso na tribuna da Câmara, Papa acrescentou: “É inadmissível que Ribeirão Preto tenha uma situação como essa. Não houve gestão para fazer as licitações antes de os contratos vencerem? Precisa deixar chegar a esse ponto de ficar sem contrato e a cidade nessa situação de mato e de galhada? Isso é falta de gestão, sim”.

No discurso Papa se referiu ao contrato de poda, extração de árvores e coleta de materiais vegetais em logradouros públicos e também ao de pica galhos. A licitação de poda também foi vencida pela empresa Serverde e custará ao município R$ 2,4 milhões/ano. O extrato foi publicado no Diário Oficial do Município no dia 17 de janeiro.

“No transbordo, constatamos uma cena triste de desperdício do dinheiro público e de falta de ações no campo da sustentabilidade. A poda de árvore, a extração de árvore, a capina de terrenos compõem a massa verde. A Prefeitura ficou sem contrato tanto da coleta de massa verde quanto do pica galho e isso é inaceitável”, concluiu.

Munícipes usaram galhadas para tapar um grande buraco no asfalto, no cruzamento das Ruas Almirante Gago Coutinho e Dr Soares Romeu, no Jardim São Luiz