Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mobilidade Urbana da Câmara, o vereador Marcos Papa (Cidadania) voltou a fazer duras críticas à Administração pela suspensão da coleta seletiva e gestão dos resíduos sólidos.  

Em entrevista ao apresentador Antônio Carlos Morandini, no Programa Larga Brasa, Papa criticou o anúncio de ampliação do serviço em ano eleitoral e a suspensão da coleta poucos meses após as eleições. O vereador voltou a enfatizar que Ribeirão Preto gasta milhões por mês para enterrar resíduos recicláveis no aterro de Guatapará.

A Prefeitura não tem competência para contratar uma empresa de coleta seletiva e prestar um serviço efetivo. Dia 10 de dezembro saiu a contratação de uma nova empresa para coleta, só a população sequer foi avisada de que a coleta seletiva seria interrompida, assim como não está sendo avisada quando vai começar esse ano”, frisou.

Papa também lamentou a precariedade da plataforma Recicla Ribeirão – indicada pelo vereador à Prefeitura -, que foi lançada em setembro de 2020 e até hoje funciona de forma rudimentar, quando deveria informar e incentivar educação ambiental.

O vereador ainda usou suas redes sociais para informar os munícipes sobre a dramática situação dos resíduos sólidos em Ribeirão Preto. Dentre os dados divulgados: somente 1 cooperativa na ativa, apenas 4 ecopontos funcionando, 0 ponto de coleta de lixo eletrônico, 0% do resíduo orgânico destinado à compostagem e 0 projeto de logística reversa.

Contratações públicas

No dia 10 de dezembro de 2021, a Prefeitura publicou, no Diário Oficial do Município, um edital de adjudicação de contratação de empresa especializada em serviço de coleta seletiva porta a porta e transporte até as centrais de triagem. A empresa Carvalho Multisserviços Eireli receberá pelo serviço R$ 1,18 milhão. A contratada anterior – Morhena Coleta e Engenharia Ambiental Ltda – venceu a licitação no valor de R$ 875,2 mil, em abril de 2020. Porém, após notificações de não cumprimento dos quantitativos acordados, o contrato foi rompido pela Administração.