Crédito da foto: Assessoria de Comunicação da Câmara

Presidida pelo vereador Marcos Papa (Rede), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara, que apura irregularidades no contrato envolvendo o Daerp e a Aegea Engenharia, ouvirá nesta quinta-feira (10), o ex-diretor administrativo da autarquia Fernando Oliveira Carvalho. A oitiva será realizada, às 14h30, na Sala das Comissões.

“A CPI acredita que esse ex-diretor possa colaborar com as investigações desse esquema criminoso que abalou Ribeirão Preto. Queremos saber, por exemplo, se os pagamentos à Aegea seguiam o mesmo fluxo de liberação ou se eram acelerados. Também vamos questionar a relação dele com o então superintendente Marco Antônio dos Santos e com o ex-diretor técnico Luiz Alberto Mantilla”, destacou.

Prestes a ser encerrada, caso não surjam novidades, a CPI do Daerp contabiliza vitórias ao longo de sua tramitação na Câmara, segundo Marcos Papa. É o caso do bloqueio de R$ 18,3 milhões da Aegea Engenharia e de R$ 4 milhões do seguro-caução relacionado ao contrato.

“A CPI também colaborou com o Ministério Público ao encaminhar documentos que ajudaram a compor a ação de improbidade movida pela Promotoria da Cidadania, além de contribuir com o Gaeco na ação relacionada a esta fase da Sevandija. Os dois processos têm grandes chances de resultarem em ressarcimentos aos cofres públicos. Esses danos estão sendo apurados em perícia já determinada pelo juiz”, explicou.

Papa acrescentou que, pela primeira vez na história da Câmara Municipal, convocados recorreram à Justiça para ficarem calados. “Isso significa que convocamos as pessoas certas e elas tinham medo do que poderiam falar, como foi o caso do Mantilla e do presidente e do diretor financeiro da Aegea”, frisou.

Ainda de acordo com o presidente da CPI, nos próximos dias, os integrantes da comissão se debruçarão sobre todos os documentos produzidos e tentarão elucidar ou ressaltar aspectos relacionados às falhas do contrato e da execução, além de eventuais indicações de medidas que poderão ser tomadas pela prefeitura, pelo Daerp ou por autoridades judiciais.