O vereador Marcos Papa (Rede) estuda acionar o Ministério Público caso a Prefeitura de Ribeirão Preto não tome providências urgentes para conter o estrangulamento de palmeiras reais plantadas e replantadas na Avenida Jerônimo Gonçalves.

Projeto técnico da Divisão de Praças e Parques Públicos previa que as covas das palmeiras tivessem 1,60m de diâmetro, porém, a obra foi recebida pela Secretaria de Obras com 0,90m. Com o crescimento das palmeiras constata-se atualmente o estrangulamento.

“As palmeiras nem cresceram muito ainda e estão sendo estranguladas por uma cova estreita. Da forma como estão as covas prejudicam o crescimento das palmeiras, que apresentam risco de queda. Agora o que nós queremos saber é: quem vai pagar por isso?”, questionou Marcos Papa durante denúncia na tribuna da Câmara, na sessão da última quinta-feira (13).

Marcos Papa, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Câmara, ainda acrescentou: “A Prefeitura recebeu a obra. Se a Secretaria de Obras deu o ok, quero saber quem vai pagar pelo que está ocorrendo agora? O contribuinte, a sociedade de Ribeirão Preto, não aguenta mais pagar pelo erro de delinquentes travestidos de autoridades. Foi uma falha? Pagaram propina para receber a obra com a medida das covas errada? Vou levar até as últimas consequências mais esse caso”.

Em resposta a um requerimento de Papa, a Divisão de Praças e Parques Públicos, vinculada à Coordenadoria de Limpeza Urbana, afirmou que, em 2008, elaborou um “projeto de distribuição de plantio das palmeiras na Jerônimo Gonçalves, baseando-se em planta baixa apresentada pela Secretaria de Planejamento, que previa canteiro contínuo ao longo de toda a avenida com espaço livre para plantio com largura de 1,60m, suficiente para o desenvolvimento desta espécie”.

Desconhecemos as razões da alteração das dimensões destes espaços durante a execução da obra, ressaltando que da forma como se encontra atualmente com diâmetro aproximado de 0,90m, não é adequado ao desenvolvimento das palmeiras, podendo causar estrangulamento da região da base do caule, o que pode levar a vários problemas, inclusive a ruptura do caule, principalmente em condições climáticas adversas”, responderam oficialmente dois engenheiros da Divisão.

Ainda na resposta oficial, os engenheiros sugerem “encaminhamento à Secretaria de Obras Públicas, órgão fiscalizador desta obra, para manifestação em relação às possibilidades de abertura dos espaços ao redor das palmeiras, podendo inclusive manter-se espaços maiores ao longo das guias das sarjetas”. Encaminhado o requerimento à Secretaria de Obras, foi aberto um expediente interno para “estudos e solução para ampliação do canteiro das palmeiras”.