CEO e CFO da Aegea serão ouvidos pela CPI do Daerp sob proteção de Habeas Corpus

Convidados na posição de testemunhas, os executivos obtiveram um Habeas Corpus que garante a eles condição de investigados, o que os dispensa de cumprir o compromisso com a verdade durante o depoimento.

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Os senhores Hamilton Amadeo e Flávio Crivelari, respectivamente Presidente e o Diretor Financeiro e de Relações com os Investidores da empresa Aegea Saneamento e Participações S/A, foram chamados para prestar esclarecimentos à A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na concorrência nº 01/2014 do Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto), na próxima quinta-feira, 08/12. Convidados, os executivos obtiveram um Habeas Corpus que garante a eles condição de investigados, o que os dispensa de cumprir o compromisso com a verdade durante o depoimento.

Para o presidente da CPI, o Vereador Marcos Papa, é natural que qualquer um que se sinta intimidado em circunstâncias como essas, apele para o Judiciário para se auto proteger. No entanto, o vereador destaca que em todas as oitivas realizadas pela CPI, ele deixa claro que o depoente não é obrigado a construir provas que possam incriminá-lo.  “Na minha concepção quem não deve, não teme; não há motivos para esta ação contra a CPI; a nossa intenção é descobrir quem foram os corruptores deste contrato fraudulento, contribuir com as investigações da Polícia Federal e construir caminhos para que esse tipo de bandalheira não volte ao cenário da nossa cidade”, afirma Papa.

A CPI quer saber até que ponto a diretoria da Aegea tinha ciência das fraudes cometidas contra o município, uma vez que os valores do contrato com o Daerp fazem parte do balanço da empresa do ano de 2015. Além disso, com base no depoimento do atual diretor Técnico do DAERP, Igor Asse, a CPI foi cientificada que a Aegea recorreu à justiça também por não concordar com os resultados da auditoria realizada pela nova superintendência do DAERP. Este relatório, apresenta que o DAERP foi lesado neste contrato em mais de R$ 16 milhões, e a postura da Aegea é de não aceitar tal resultado, e insistir na cobrança. “Verdade é que, milhões foram usurpados da nossa cidade sob a maquiagem de uma licitação suspeita desde o início e, conforme informaram os fiscais do Daerp, com obras sem qualquer fiscalização ou controle específico. Isso indica corrupção, pela qual a população de Ribeirão Preto não pode ser injustamente penalizada”, comenta o vereador que completa: Não vai ser o ribeirão-pretano que pagará essa conta.